terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ensino Secundário: um mundo de contradições


"Uma coisa é viver, outra é estudar." A frase, proferida por uma aluna do Ensino Secundário, espelha um sentimento emergente nas escolas

Há uma nova cultura escolar cujas manifestações vão acontecendo no quotidiano educativo. Mais ou menos perceptíveis. Uma equipa de investigadores da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto realizou um estudo entre 2002 e 2006 onde identificou alguns traços deste fenómeno. As conclusões deste trabalho aguardam publicação em livro.Trabalharam em várias escolas do Porto, e numa a 40 quilómetros desta cidade. Procuraram que as escolas estivessem em zonas ora mais ora menos "preservadas" do ponto de vista socioeconómico. E, entre os cerca de 400 alunos inquiridos, uma das percepções recolhidas foi a do "drama" que representa a passagem do 9.º ano para o Ensino Secundário. "É uma catástrofe porque há uma viragem súbita dos objectivos, das metodologias e da própria forma de estar", sintetiza Manuel Matos, investigador e coordenador deste estudo.
(Ver o texto completo aqui)
Educare.pt, Andreia Lobo 2009-10-14

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E agora Elisa: o Porto pode continuar a contar contigo? (I)

O que é que falhou na candidatura do "Porto Para Todos"?
1. A direita soube coligar-se para defender o essencial (a continuidade do trabalho conjunto de dois mandatos) e a esquerda não. Mau grado algumas expectativas positivas criadas muito antes da campanha autárquica, em torno da defesa do Bolhão, a esquerda nem sequer conseguiu iniciar o debate sobre os projectos de cidade que cada partido defende. Falhou a capacidade dos líderes locais se entenderem sobre um programa mínimo comum.
2. Enquanto a coligação de direita teve 47, 5% para a Câmara e 44,2% para a Assembleia Municipal, a soma PS+BE+CDU teve 49,4% e 52,3%. Estes números, apesar de eloquentes sobre a vontade de mudar o governo da cidade, de nada valem perante o sectarismo partidário que as três direcções locais foram dando prova: o raciocínio, durante a campanha, continuou a ser a defesa dos estritos interesses partidários (aparelhísticos e pessoais) e a procura de crescimento eleitoral à custa de argumentos de baixa política. Rui Rio ainda não assusta suficientemente os portuenses para gerar um movimento unitário de oposição;
3. Para a Câmara, o PS teve 34,7%, a CDU 9,8% e o BE 4,9%. Para a Assembleia Municipal a distribuição do eleitorado de esquerda foi muito diferente: 33,8%, 11,0% e 7,5% respectivamente. O que quer dizer que, lucidamente, alguns eleitores da CDU e do BE votaram PS para a Câmara (mantendo-se fieis ao seu partido na eleição de deputados municipais) na expectativa de uma vitória ou, pelo menos, de impedir a maioria absoluta do PPD/CDS. O esforço desses cidadãos não foi, porém, suficiente.
4. Poucos dias antes, nas legislativas de 27 de Setembro, dentro da cidade, o PS tinha tido 36,1%. Quer isto dizer que o PS perdeu os votos de eleitores que, provavelmente abstendo-se, não gostaram de ver e ouvir os responsáveis concelhios em guerra aberta com a candidata Elisa Ferreira. Ao nível dos responsáveis locais (concelhia e juntas de freguesia), houve PS de menos e vinganças pessoais de mais.
5. A campanha da candidatura de Elisa também não está isenta de erros e omissões, nomeadamente nos domínios da condução política, da estratégia perante a comunicação social e das acções de agitação e propaganda. Mas, sendo importante para a resposta à questão colocada no título, este é um domínio a que voltaremos brevemente com um outro post.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

UM OUTONO ASSIM (VII)

O Outono não permite risos no jardim. Também não há jardim. Ficaram-me, tortos no entendimento, “os caminhos que se bifurcam e um labirinto e aquela mulher que se me deu e, ainda como no princípio do século vinte, absinto. O Outono é a minha redenção, olhando os meus pés nus de Portinari pendurado, procurando entre todos os bolsos um elemento literário. Um deles, dos bolsos, com um possível forro em cetim, furado. Enganado. O elemento literário soluçante e esganado. E, depois as nuvens, o açúcar, a pertinaz recordação da meninice, surripiado. Uma esfera, uma bola, uma espera. A mancha do sangue seco na camisa de uma guerra que chorei e lembro-me de ti. E sei que sou eu, quando, especado no sofá velho, velho compêndio de física nas mãos, digo tu. E aí quero contar-te de chacinas de sentimentos, das coninbricences lições, e de, como intuitivo, sei como a matéria se estrutura, o tempo dura, a morte irrompe calma e branca como frio quente das libertações.

José Carlos Martins
10 de Outubro 2005

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O MiCporto e as eleições para a Câmara Municipal do Porto



Desde o passado dia 28 de Setembro, o MiCporto tem realizado com regularidade várias acções de distribuição do seu apelo

"FAZER DA CANDIDATURA DE ELISA FERREIRA UMA VITÓRIA DO PORTO"

No Bolhão, em Santa Catarina, na Batalha, na Praça, as pessoas têm recebido com curiosidade e agrado o folheto que apresenta as razões do apoio do MiCporto à candidatura autárquica de Elisa Ferreira. Aí se explica que:

"(...) É chegada a hora de unir todos os portuenses que não se revêem no desgoverno da cidade e que não aceitam o desprezo e a arrogância com que hoje são tratados os bens públicos, o património histórico e humano, "as ruelas e calçadas", as instituições populares e a participação democrática dos cidadãos. Já não há paciência para aguentar mais quatro anos aqueles que gerem a cidade como uma pista de carros ou de aviões, mas que desprezam os valores históricos e culturais tripeiros. A cidade está cada vez mais despovoada, cada vez mais insegura, cada vez mais dividida entre ricos e pobres, diminuída e sem voz no contexto regional, nacional e europeu."

"(...) Por isso é urgente unir todos aqueles que se orgulham do trabalho, da ciência, da cultura, do desporto, da arte e da solidariedade social que a Invicta ainda produz.

"É urgente e é possível fazer da candidatura de Elisa Ferreira uma vitória do Porto!"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Compromisso à Esquerda, Apelo à estabilidade governativa

"Venham mais cinco"! Venha uma praça de gente madura subscrever o apelo aos partidos da esquerda:

"Os resultados de 27 de Setembro exigem que as esquerdas se encontrem e sejam capazes de explicitar o contributo que cada um destes partidos está disposto a dar para se encontrar uma solução estável de governo. Pelo menos essa tentativa de entendimento é devida ao povo português pela forma como demonstrou a sua vontade eleitoral." (consultar o texto completo do Apelo aqui)