sexta-feira, 6 de março de 2009

Castanhas e conversas "p'raquecer"

Mãos calejadas e hábeis embrulham-nas nas folhas de revista que as conservam quentes e boas. São esbranquiçadas, com tons de azul e prata, por cima do castanho-escuro que lhes deu o nome. É como se estivessem maquilhadas e perfumadas por um fino "pó de-arroz" que as torna desejáveis...! Estão nas esquinas mais movimentadas, nas saídas do metro, à porta do Sto. António ou no Marquês. Anunciam-se sem alarde: ainda não as vemos e já lhes sentimos o cheiro inconfundível!
Nos carrinhos ou nas bancas, os que as "fabricam" já foram operários de outras fábricas, oficiais de outros ofícios. Hoje, guardadores de memórias que alimentam a conversa sem pressas, são também artistas de uma arte de que a ASAE não gosta...!

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